quinta-feira, 25 de julho de 2013

Degustação Suicida #1 - Cerpa Draft


Pode até parecer que estou acostumado a beber cervejas, mas esse hábito eu só adquiri ano passado. Mais precisamente em setembro, após uma viagem a Penedo. De lá pra cá, estou escolhendo cervejas artesanais e importadas, pois não curto as fabricadas pelas grandes cervejarias nacionais.

Certo dia, conversando com amigos do Clan BWL (no qual temos um podcast, considerado por Leo Lopes - editor do Nerdcast - como melhor sobre Fórmula 1 no Brasil), eles me propuseram o seguinte desafio: fazer uma resenha de cervejas nacionais fabricadas por grandes empresas. Topei o desafio, mesmo sem ter nenhum conhecimento na área.

Entre as sugeridas (e as que tinham no mercado aqui perto de casa), escolhi os seguintes rótulos: Cerpa Draft, Kaiser, Skol e Antárctica Sub Zero.

A primeira da noite foi a Cerpa Draft. Com o rótulo Cervejaria Paraense S.A., só foi lembrada por um amigo, mas resolvi levar por se tratar de uma cerveja do Norte do Brasil. Resolvi fazer uma pesquisa ligeira e achei uma reportagem do site Exame.com, que conta um pouco sobre a história da cervejaria e do panorama atual que ela se encontra:

A cervejaria paraense Cerpa é um caso sui generis. A empresa foi fundada em 1966, quando o  imigrante alemão Konrad Karl Seibel chegou a Belém e achou que a água da região era ideal para fabricar cerveja nos trópicos. Deu certo. Foi uma cervejaria regional de sucesso por décadas — sua participação de mercado no Pará chegou a 65% em 2003 e, muito antes do avanço das cervejas artesanais, ganhou certo público no Sudeste entre os consumidores que queriam fugir das Brahmas e Antarcticas da vida. Mas, na década seguinte, a cervejaria paraense entrou numa bizarra espiral de problemas que lhe custaram caro. Hoje, sua participação no Pará não passa de 12%. Poderia ser apenas uma história de empresa que errou a mão e perdeu o bonde — na última década, uma onda de consolidação fez com que as cervejarias regionais fossem compradas em negócios milionários, e a Cerpa ficou de fora, minada por problemas familiares que beiram o surreal.  

Pois bem. A Cerpa Draft é bem clarinha e, de tanto que ela é gaseificada, lembra mais um refrigerante do que cerveja. Espuma zero (em uns 5 minutos, toda a espuma se foi), malte quase zero e pouquíssimo lúpulo. Ou seja, foi feita pra atender o gosto do povo brasileiro e para se beber em grandes quantidades. O mais engraçado foi a sensação que Ciça e eu tivemos: tanto o cheiro, quanto o gosto, lembram aquela sensação boa de chopada de universidade.

Depois de bebermos apenas UMA lata, a queimação no estômago foi digna de quase acabar com a brincadeira do casal.

Conclusão: Será que essa cerveja é realmente dessa forma? Se for, é um tiro no pé tremendo. Quem sabe, um dia, talvez, vá ao Pará e tente provar essa cerva em seu habitat natural. 

Mas, enquanto isso, fico com a seguinte impressão: Não cometam essa loucura de comprar essa cerveja. Sério.

Informações
Cerpa Draft
Estilo: Lite American Lager
Álcool: 4,5%
Cerpa Cervejaria Paraense
País: Brasil
Comprada em: Prezunic - Engenho Novo
Preço: R$ 2,00

1 comentários:

Nazareno Maia disse...

Verdade amigo. Era meia estranha. Descia deixando uma queimaçao. Hoje temos a nova draft e muita gente deixa de levar uma brahma ou skol pra levar a cerpa. Uma delicia. A cerpa acertou em cheio. Tambem temos a tijuca, porem maiis cara.